2020 foi um ano atípico em muitos sentidos, sendo que, por conta da pandemia, muita coisa teve de ser mudada em nossas vidas e em como o governo enxergava as finanças do país.

Só em 2020 o governo brasileiro gastou R$ 620,5 Bilhões com medidas contra a crise do covid-19, isso fez com que a dívida pública do Brasil aumentasse muito e com o a taxa Selic em 2% era de se esperar um aumento gradual da inflação.

Sim, o terrível Dragão da Inflação acordou, mas não foi tão gradual assim. Já em 2020 ele fechou em 4,06% e tem vistas a aumentar muito mais em 2021 se os juros continuarem em 2%.

Você pode estar se perguntando: certo, e onde isso me afeta?

Basta ir ao supermercado e notará que o preço da maioria dos produtos aumentou consideravelmente, para citar um exemplo básico. Mas, você pode notar itens do seu consumo habitual que aumentaram de preço no decorrer do ano passado e, bom, isso é a inflação, que muitas vezes é chamada de o imposto mais cruel de todos.

Com base em comparação, vejamos quanto renderam alguns investimentos na última década e compará-los com a inflação do mesmo período e você notará uma coisa interessante em relação aos investimentos:

Ranking dos investimentos 2010 – 2020

1° – Ouro +234%

2° – CDI +153%

3° – Dólar +142%

4° – Euro +85%

5° – Ibovespa +57%

Inflação (IPCA) 74%

Vemos aqui que o Ibovespa perdeu para a inflação na última década, isso se deve principalmente pelo fato que em 5 dos 10 anos analisados ele estava em baixa, devido às sucessivas crises.

O cenário mudou, o Ibovespa pode vir a ser um grande vencedor nessa próxima década, mas, mesmo que o índice não seja, muitas ações em específico podem vencer a inflação.

Agora, vamos observar outro dado que é preocupante em relação à inflação. O salário mínimo no Brasil no ano de 2021 será de R$ 1.100,00, ou seja, sem ganho real sobre a inflação. Nesse ponto é provável que sentiremos muito mais os efeitos desse nocivo dragão.

E o que fazer? Como se proteger?

O cenário é claro, a inflação vai assolar boa parte de 2021 e torçamos para que ela se contente apenas com 2021, mas, mesmo que não seja assim, podemos defender nossas finanças de seus efeitos corrosivos.

Para se proteger corretamente dos efeitos nocivos do IPCA, podemos pensar em alguns ativos mais focados nesse objetivo.

Títulos IPCA+ = Existem diversos títulos que pagam uma taxa de juros fixa+ a inflação, esses títulos são bons pois permitem ter o dinheiro mensalmente atualizado pelo IPCA.

Fundos de Ouro = O ouro é uma reserva de valor, ele nunca perde para inflação, mesmo que ele às vezes se encontre em um momento de queda, a principal intenção do ouro é defender. Sendo assim, em momentos de crise ele avança muito, mantendo o capital protegido do efeito corrosivo do IPCA e ainda trazendo lucros consistentes.

Ações e Fundos de ações = O Ibovespa em si não superou a inflação na última década e nem mesmo no ano isolado de 2020, pois a rentabilidade do IBOV ano passado foi de 2,39% enquanto a inflação foi de 4,06%.

Mas, muitas Ações isoladas e muitos dos bons Fundos de ações superaram com folga a inflação da última década, por isso, para o médio prazo vale a pena selecionar bons Fundos de ações e boas ações para sua carteira.

Outros ativos também poderiam ser bem vistos, como Fundos Multimercado ou Fundos de Investimentos Imobiliários (FII), mas esses não garantem uma proteção efetiva, mas, sim, pode acontecer de eles também conseguirem superar a inflação, por mais que essa não seja a proposta inicial deles.

Para você que quer ficar mais por dentro de todos os efeitos negativos da inflação, já fiz um texto sobre o assunto que pode ser muito interessante você ler:

Inflação 2020 entenda e saiba como se proteger! – Majesty Escola de Finanças (majestyescoladefinancas.com.br)

Quer investir para se defender da inflação e buscar um crescimento consistente de seu patrimônio? Conheça minha assessoria de investimentos:

Assessoria de Investimentos – Majesty Escola de Finanças (majestyescoladefinancas.com.br)

Grande Abraço

David Rocha


David Rocha é Assessor de investimentos e autor do livro Tesouro Direto Um caminho para a Liberdade Financeira